Resumo do Livro Os Sertões – Euclides da Cunha

No Resumo do Livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, publicado em 1902, é considerado pré-moderno pela destacada força crítica da literatura e pelas profundas convicções sociopolíticas.

A OBRA

Em Os sertões, Euclides da Cunha apresenta em exagerada e rica linguagem científica uma obra cujo tema é a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil do final do século XIX, discutindo questões para além do mundo que se passam no conflito baiano.

Esta obra narrativa combina literatura, sociologia, filosofia e história, geografia, geologia, antropologia e outras disciplinas, por isso é preciosa e magnífica. O autor é um defensor do determinismo, que afirma que as pessoas são influenciadas (determinadas) por circunstâncias, raças e momentos históricos, dividindo Os sertões em três partes, a saber: terra (ambiente), homem (raça) e batalha (momento). A seguir, no Resumo do Livro Os Sertões, será falado das três partes do livro.

RESUMO DO LIVRO “OS SERTÕES – EUCLIDES DA CUNHA” – Resumo do Livro Os Sertões

Este livro está dividido em três partes:

A Terra é uma descrição detalhada do cientista Euclides da Cunha, resumindo, mostrando todas as características do lugar, clima, aridez e terreno.

Homem é a descrição do homem do sociólogo e antropólogo Euclides da Cunha, que indica os habitantes do lugar, sua relação com seu meio, sua origem nacional, seu comportamento, crenças e costumes; mas depois voltou sua atenção para o líder de Canudos, Antonio Concerhero.

Revela seu caráter, seu passado e descrições da vida e dos costumes de Canudo, contadas por turistas e moradores cativos. Essas duas partes são de natureza descritiva porque na verdade “preparam o palco” e “apresentam os personagens” à história real, a terceira parte relatava Guerra de Canudos.

“A Luta” é um relato vívido escrito pelo jornalista e humano Euclides da Cunha. Esse relato apresenta a documentação de quatro expedições a Canudos. Esse retrato verídico, primeiramente, só foi possível graças à presença direta do autor em meio à fome, à peste, à miséria, à violência e à loucura da guerra.

Com um foco aguçado, o autor mapeia meticulosamente as ações do exército.

Ele presta constante atenção à individualidade das operações, nesse sentido, apresenta casos isolados convincentes que demonstram claramente o absurdo de um massacre cometido por um motivo simplório.

Adicionalmente, pairavam suspeitas de que os Canudos, liderados pelo “famoso e bárbaro Bom Jesus Conselheiro”, recebiam apoio externo de “monarquistas”.

Ao final, entretanto, o que restou foi apenas uma carnificina violenta. Todos erraram e o lado mais fraco, ironicamente, conseguiu sobreviver até o fim graças aos seus últimos defensores – um velho, dois adultos e uma criança. No próximo trecho, vamos explorar mais sobre as implicações dessa guerra.

O Homem

O sertão apresenta uma descrição minuciosa dos personagens, vida e costumes do sertanejo. Trata-se de um estudo antropológico e sociológico, que adere ao determinismo do historiador francês Hippolyte Taine (1828-1893).

De acordo com Taine, o homem é determinado por uma trindade – ambiente, raça e história. Esta seção do trabalho está subdividida em 5 capítulos:

Inicialmente, temos o capítulo 1, que trata da complexidade das questões etnológicas brasileiras. Este capítulo discorre sobre a variabilidade no ambiente físico e seu reflexo na história. Aqui, observamos os efeitos ambientais nos estágios iniciais de formação da raça.

Ademais, este capítulo aborda as formações brasileiras no norte, os primeiros colonos e a origem mulata.

Em seguida, no capítulo 2, investiga-se a origem dos jagunços. Neste ponto, é explorado o papel histórico do Rio S. Francisco.

Aqui, conjectura-se que os jagunços provavelmente sejam um apêndice dos paulistas. Além disso, o capítulo discorre sobre o vaqueiro e a Fundação Jesuíta da Bahia.

Nesta parte, também são analisadas as razões que favorecem a formação dos sertões mestiços, distinguindo-o das encruzilhadas do litoral.

Parte 3 a 5

No avanço para o terceiro capítulo, o sertanejo recebe nosso foco. Nesta seção, diferenciamos tipos: o jagunço e o gaúcho. Adicionalmente, exploramos o papel do vaqueiro e fazemos distinção entre gaúchos e jagunços. Ainda aqui, debatemos a escravidão sem sentido, o “wakhada” e o “chegar”. Conforme avançamos, analisamos a eclosão da Boiada, a tradição, a dança, o desafio e a seca. Também dedicamos atenção ao isolamento do deserto, às religiões mistas e aos fatores históricos em religiões híbridas. Enfocamos o caráter variável sertanejo da crença religiosa, a “Pedra bonita”, a montanha sagrada e a tarefa atual. O capítulo finaliza com a discussão sobre “Os Serenos”.

No quarto capítulo, nos voltamos para Antônio Conselheiro, um registro vivo do atavismo. Aqui, examinamos sua figura como um gnóstico franco, um grande homem que é interno e externo, bem como um representante natural do ambiente em que nasceu. Nesta parte, nos aprofundamos em sua origem familiar: os Maciéis. Também exploramos a batalha entre os Maciéis e os Araújos, a boa vida patrocinada, o primeiro revés, o outono, e como fazer monstros.

Finalmente, chegamos ao quinto capítulo: Canudos. Inicialmente, falamos dos antecedentes e do crescimento vertiginoso. Observamos a aparência original e o regime das “urbs”. Além disso, discutimos populações polimórficas, o policial ladrão e a pilhagem. Ademais, abordamos a têmpora, a estrada para o céu, a oração, o agrupamento estranho e a imagem do “Beijo”. Questionamos também por que não fazer propaganda contra a república, uma tarefa abortada e o retrato do conselheiro. Para finalizar o capítulo, analisamos a maldição da terra batida de Jerusalém.

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